Após dois meses consecutivos com a bandeira vermelha na conta de luz, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para novembro será amarela, em razão da melhora das condições de geração de energia no país. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira (25).
De acordo com a agência, o aumento do volume de chuvas e a consequente redução do custo para gerar energia permitiram a ativação da bandeira amarela. Assim, a cobrança passará de R$ 7,877, cobrados na bandeira vermelha patamar 2, para R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa mudança se aplica a todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional.
“Apesar da melhora nas condições de geração de energia no país, as previsões de chuvas e vazões nos reservatórios para os próximos meses ainda permanecem abaixo da média, indicando a necessidade de geração termelétrica complementar para atender os consumidores”, afirmou a Aneel sobre a manutenção de uma taxa extra na conta.
A bandeira vermelha patamar 2 teve um impacto significativo na análise da inflação deste mês. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação de outubro ficou em 0,54%, com a energia elétrica sendo o principal fator da alta.
Histórico das Bandeiras
A bandeira tarifária ficou verde de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida pela bandeira amarela. Em agosto, a bandeira voltou a ser verde, seguida pela bandeira vermelha patamar 1 em setembro e vermelha patamar 2 em outubro.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil, refletindo o custo variável da produção, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.
Fonte: O TEMPO
Foto: João Godinho / O TEMPO