Com mais de 30 dias sem chover em Belo Horizonte e cidades vizinhas, a alta no número de casos envolvendo doenças respiratórias em crianças na Grande BH cria um alerta sobre os cuidados redobrados que os pais precisam ter nesta época. Isso porque a propagação de vírus e bactérias é facilitada quando as pessoas ficam mais tempo em ambientes fechados durante o outono que, normalmente, tem um clima mais seco e ameno.
Na última semana, a prefeitura de Contagem decretou estado de emergência em decorrência do aumento de registros de doenças respiratórias em crianças. Só entre dezembro do ano passado e abril de 2024, o número de atendimentos cresceu 136,9%. Até o último dia 4, o município havia registrado 14 mortes.
O portal BHAZ conversou com a pneumologista da Saúde no Lar, Michelle Andreata, que falou sobre os cuidados que os pais devem ter para evitar doenças respiratórias, principalmente as mais graves.
Segundo a especialista, um dos primeiros passos é manter o caderno de vacinação em dia, contra a gripe e Covid-19, para aumentar a proteção.
“Além disso, é fundamental evitar ambientes fechados e com aglomeração, lavar as mãos com frequência, usar máscaras quando necessário e manter os ambientes bem ventilados. Manter uma boa hidratação e alimentação equilibrada também é crucial para fortalecer o sistema imunológico”.
Os pais devem estar atentos a sintomas como tosse persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito, febre e falta de apetite.
“Entre as doenças respiratórias, resfriados e gripes são geralmente mais brandas, enquanto bronquiolite, pneumonia e crises de asma podem ser mais graves, especialmente em crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades”, detalha a pneumologista.
Por isso, Michele alerta os pais e destaca que se algum sintoma surgir, a recomendação é procurar um especialista para um diagnóstico preciso.
“Os tratamentos variam conforme a doença: resfriados e gripes são tratados com medidas de suporte, como hidratação e repouso; bronquiolite e pneumonia podem necessitar de antibióticos e, em casos mais graves, hospitalização; crises de asma requerem broncodilatadores e corticoides. A avaliação médica é essencial para determinar o tratamento adequado”, finaliza.
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