Um acordo entre a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e a gigante do e-commerce mundial Amazon vai possibilitar que empresas mineiras vendam produtos diretamente para os Estados Unidos.
Segundo o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, a parcerIa, celebrada anteontem, dará condições melhores à indústria do Estado para vendas tanto no país norte-americano quanto em outros mercados globais.
“É muito relevante porque vai permitir para a indústria de Minas acessar grandes mercados, como o mercado norte-americano, a um baixo custo, em função do acordo que foi negociado, e com uma entrada diretamente no mercado no canal que mais cresce, que é o do comércio eletrônico. Então, vamos poder gerar emprego e renda através dessa oportunidade pois os produtos vendidos serão produzidos aqui em Minas”, diz Roscoe.
A plataforma já conta com o primeiro parceiro, a Loja para Ciclistas, de Divinópolis. Para entrar no mercado norte-americano, o sócio Felipe Rocha Pereira resolveu abrir uma empresa nos EUA.
Segundo ele, o mercado lá é mais exigente, com os consumidores preferindo comprar produtos que já tenham avaliações. “Mas, depois que o negócio decola, é alegria. Outra facilidade é envio, com a FedEx, que entrega em dois dias daqui pra lá”, diz ele, que ressalta que o câmbio valorizado também contribui.
Já a marca de calçados Luisa Barcelos deve entrar no programa Global Selling da Amazon em novembro.
As empresas interessadas vão pagar US$ 40 por mês para estar na plataforma, com custo de transação de no máximo 20%, incluindo a logística internacional.
Em 2020, o e-commerce movimentou US$ 705 bilhões nos EUA, com um terço dos consumidores fazendo compras em outros países