No turno da manhã menos da metade dos estudantes foi às aulas. Um bomba foi acionada na área externa da escola por volta de 9h deixando os alunos que foram às aulas apavorados, segundo relatou uma estudante que preferiu não se identificar.
A ameaça foi escrita nas paredes do banheiro da instituição de ensino na quinta-feira da semana passada (19) afirmando que nesta sexta-feira haveria um massacre na escola. Imediatamente a direção da escola lavou e pintou a parede escondendo a ameaça, mas muitos alunos já tinham visto e compartilharam nas redes sociais.
Depois do massacre em uma escola do Texas, nos Estados Unidos, na terça-feira, quando um jovem tirou a vida de 19 alunos e dois professores, os pais também ficaram preocupados e a direção da escola entrou em contato com a Polícia Militar.
Os militares estão acompanhando o caso durante toda a semana e nesta sexta-feira, dia anunciado para o massacre, ficaram de prontidão na porta da escola com viaturas e o tático móvel da PM. Os militares trabalham com a hipótese de tratar-se de uma “modinha de TikTok” que na semana anterior foi identificada em várias escolas de Minas Gerais.
Nesta sexta-feira, a direção da Escola Estadual Victor Gonçalves, com apoio da PM, fez uma varredura nas dependências escolares antes da entrada dos alunos para garantir a segurança de todos. Mais da metade dos estudantes faltaram às aulas na manhã desta sexta-feira.
O turno vespertino que tem 441 alunos, hoje teve a presença de apenas 195 estudantes devido ao temor dos pais de que a ameaça se concretizasse. Uma bomba caseira, de pequeno potencial explosivo, foi acionada na área externa da escola às 9h desta sexta-feira, mas sem causar nenhum dano nem ferir ninguém. A PM investiga se esse fato pode estar relacionado com a ameaça uma vez que o acionamento foi na área externa.
Apesar da segurança redobrada, da presença da Polícia Militar e do medo de muitos pais e alunos, as aulas aconteceram normalmente na Escola Victor Gonçalves, em Itaúna. Sem descartar a possibilidade de a ameaça se concretizar, a PM trabalha com a hipótese do caso ser apenas uma “modinha de TikTok“.
Os militares identificaram que ameaças parecidas a esta foram publicadas na rede social de vídeos curtos em diversas escolas no interior do país e de Minas Gerais recentemente. A intenção de quem fez a ameaça seria apenas a de evitar aulas na sexta-feira, além de causar tumulto.
Pais de alunos e alunos, entretanto, preferiram não arriscar. Nas redes sociais em Itaúna mães compartilham o medo de deixar os filhos irem às aulas.
A diretora da instituição, Cleonice Assis, lamenta o ocorrido, mas está confiante que esta situação não irá manchar a imagem da escola. “Temos um relacionamento excelente com toda a comunidade. Há mais de 3 anos que nem um vidro é quebrado na escola e nos orgulhamos do relacionamento com a comunidade, com os pais e os alunos. Tenho certeza de que este fato não irá quebrar esse nosso histórico de boa convivência com todos”.