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Ameaças a fiscais são relatadas em Audiência da ALMG sobre Trabalho Escravo

Por Dentro De Tudo:

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Na quarta-feira (3), durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foram denunciadas ameaças contra fiscais do trabalho que atuam em lavouras de café. Áudios incitando o uso de armas contra a fiscalização e discursos incentivando violência no campo foram divulgados na reunião.

Minas Gerais lidera a “lista suja” do governo federal referente ao trabalho análogo à escravidão, mas possui apenas 225 auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego para fiscalizar 853 municípios, resultando em uma média de um fiscal para cada quatro cidades. Além da escassez de fiscais, eles enfrentam constantes ameaças de empregadores durante o desempenho de suas funções.

A audiência, solicitada pelos deputados Betão e Leleco Pimentel (ambos do PT) e realizada pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, destacou dois episódios recentes no Sul de Minas. Em maio, um áudio com ameaças contra a fiscalização em lavouras de café circulou, e em junho, trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em fazendas de café em Nova Resende. Além disso, foi mencionado que o Comitrate, responsável pelo enfrentamento ao tráfico de pessoas e erradicação do trabalho escravo, está paralisado há dois anos.

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