Ligações de números parecidos e chamadas mudas são uma realidade comum para muitos brasileiros. Para ajudar a reduzir a quantidade dessas chamadas indesejadas, existem algumas medidas que podem ser adotadas. Uma das principais soluções é o sistema de autenticação de chamadas chamado Origem Verificada, que está sendo implementado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Este sistema visa combater fraudes e golpes por meio do que é conhecido como “spoofing numérico”, que é a adulteração de ligações.
A partir de 17 de novembro, as empresas que realizam mais de 500 mil ligações por mês deverão exibir um selo de verificação na tela do celular, indicando que o número é legítimo. Essa exigência será aplicada a todas as ligações somente a partir de 2028. Enquanto o sistema não está completamente implementado, algumas alternativas podem ajudar a minimizar as chamadas indesejadas.
Uma opção é aderir ao serviço “Não Me Perturbe”, que bloqueia ligações de operadoras de telefonia e bancos legítimos. Embora esse serviço não impeça chamadas de golpistas ou de empresas de outros segmentos, ele pode ser acessado através do site oficial.
Os usuários de dispositivos Android podem contar com recursos que identificam e bloqueiam muitas chamadas suspeitas. Essas funcionalidades costumam ser acessadas nas Configurações, procurando por “Proteção ID” ou “Spam”. Por sua vez, os usuários de iPhone têm à disposição o recurso “Perguntar motivo da ligação”, que faz com que todas as chamadas sejam atendidas automaticamente por um robô.
Outra alternativa é baixar aplicativos de identificação de chamadas, como Whoscall e Truecaller, que podem revelar a identidade do chamador e bloquear chamadas indesejadas. Vale ressaltar que esses serviços podem ter custos associados para recursos avançados. Como último recurso, é possível bloquear chamadas de números desconhecidos, embora isso possa resultar na perda de ligações importantes.
A Anatel também recomenda que os consumidores registrem reclamações caso continuem a receber chamadas indesejadas, com a possibilidade de fazer denúncias através de um link específico.
O “spoofing numérico” funciona alterando o número de origem da ligação para que pareça que ela provém de um celular comum, geralmente com os mesmos dígitos iniciais do número da vítima. Essa adulteração é realizada por meio de servidores VoIP, que conectam chamadas à rede telefônica pela internet e permitem modificar o número exibido. Embora o VoIP tenha usos legítimos em empresas, ele também é explorado para realizar golpes e mascarar ligações automáticas.
Em algumas situações, as chamadas podem ser mudas, o que indica que podem ter sido descartadas por call centers ou servirem para verificar se o número está ativo. De acordo com Wanderson Castilho, as ligações mudas geralmente ocorrem quando os atendentes não conseguem atender a chamada a tempo, ou podem ser utilizadas para compilar um banco de dados mais preciso, seja para vender algo ou aplicar golpes.
Crédito da foto: g1/Thalita Ferraz
Fonte: g1 https://g1.globo.com/


















