A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a comercialização, distribuição e uso de cinco lotes de furosemida injetável produzida por uma indústria farmacêutica sediada em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O medicamento é amplamente utilizado em hospitais e clínicas para tratamento de edemas, insuficiência cardíaca aguda e crises hipertensivas.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União e atinge os lotes 25060692, 25060693, 25060694, 25060695 e 25060696 da formulação injetável de 10 mg/ml, acondicionada em caixas com 100 ampolas de 2 ml. A empresa responsável iniciou o recolhimento de maneira voluntária e preventiva após identificar indicativos de possível fragilidade no vidro das ampolas.
Em nota, a fabricante afirmou que não há registros de queixas técnicas ou eventos adversos relacionados ao medicamento e que os demais produtos e lotes permanecem seguros e não foram afetados.
A Anvisa já havia suspendido outro lote do mesmo produto em setembro, depois que a Vigilância Sanitária Municipal de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, identificou material semelhante a caco de vidro em um dos recipientes. A suspeita era de que o problema tivesse sido provocado justamente pela fragilidade do vidro.
A farmacêutica também havia sido interditada cautelarmente entre agosto e setembro, após inspeção da Vigilância Sanitária Estadual apontar irregularidades ligadas às Boas Práticas de Fabricação. A interdição foi retirada após a empresa apresentar correções e passar por nova inspeção, desta vez acompanhada pela Anvisa. A agência destacou que essa inspeção não tem relação direta com o recolhimento dos lotes de furosemida.
Segundo a fabricante, o recolhimento faz parte de uma política de monitoramento e prevenção, com o objetivo de garantir a segurança e a qualidade dos medicamentos disponibilizados no mercado, mantendo diálogo e cooperação com as autoridades regulatórias.
Crédito do texto: g1
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