A expectativa de vida do brasileiro subiu dois meses em 2020, passando de 76,6 anos em 2019 para 76,8 anos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações estão na Tábua Completa de Mortalidade de 2020, publicada no Diário Oficial da União (DOU).
O aumento, embora menor do que em relação ao avanço anterior, mantém a tendência de crescimento da taxa por anos consecutivos. Há quase dez anos, em 2011, a esperança de vida do brasileiro era de 74,1 anos. No ano seguinte, passou para 74,6 anos e depois para 74,9 anos. Em 2014, a taxa ficou em 75,2 anos; em 2015, em 75,5 anos; em 2016, 75,8 anos; em 2017, 76 anos; e, em 2018, foi de 76,3 anos.
Os dados serão detalhados pelo IBGE ainda nesta manhã. Especialistas previam queda da expectativa de vida por causa da pandemia, o que ainda não é observado nas estatísticas. A coleta e o cálculo dos dados ainda não contemplam todo o período da crise sanitária no País (o auge das mortes pela covid-19 no Brasil foi no 1º semestre de 2021).
Em 1940, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era muito baixa, de 45,5 anos. Depois disso, com redução da mortalidade infantil e outros avanços da Medicina e do País, o número vem crescendo consistentemente. Em 1980, chegou a 62,5 anos e, no ano 2000, a 69,8. Nas últimas duas décadas, os ganhos foram um pouco mais lentos. Mesmo assim, nunca se registrou decréscimo.
A Tábua de Mortalidade tem periodicidade anual e fornece estimativas da expectativa de vida às idades exatas até os 80 anos. Sua abrangência é nacional e traz resultados por sexo e idade. Os dados são usados como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.