Em Minas, o avanço da vacinação é acompanhando de perto por duas senhoras muito especiais.
“Meu nome é Helena. Estou completando 101 anos e vacinada”, diz Helena Orsini Nunes de Lima.
A lucidez é de dar inveja: dona Helena pediu aos filhos para gravar o vídeo e alertar sobre a importância da vacina.
“É o único meio que tem para poder salvar todo mundo. Só mesmo com a vacina. Todo mundo deve tomar vacina”, alerta dona Helena.
Os filhos também estão vacinados, mas pelo segundo ano seguido, a comemoração de aniversário com o resto da família teve que ser a distância.
“A gente fez uma coisa pequenininha devido a gente ainda não estar todos vacinados, ela pediu muita união dos filhos, dos netos e dos bisnetos”, diz Maurício Orsini Nunes de Lima, filho de Helena.
“Todas as pessoas mais velhas que estão em casa, elas estão necessitadas de carinho. Esse convívio é importante”, conta Maria Beatriz Orsini Bammer, filha de dona Helena.
Na cidade de Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a primeira moradora a ser vacinada foi no mês de março. Agora, o que a família mais quer é poder se reunir de novo. Mas, dois meses depois, apenas três filhos da dona Otacília foram vacinados.
Ela tem 116 anos, quatro filhos, 20 netos e 19 bisnetos. A filha, Cida, de 72 anos, que já foi vacinada, é quem cuida da mãe.
“Ela sente muita falta da família reunida. Tem dia que ela fala assim: ‘Ah, não. Está tão triste essa casa, a gente não vê ninguém mais’”, diz Rescilda Senhorinha de Paula, filha de dona Otacília.
“A casa toda a vida cheia de gente, não gosto de ficar sozinha, tem que ter uma pessoa até conversando”, conta dona Otacília Senhorinha Lima, de 116 anos.
Casas e abraços à espera da vacina, para que a dona Otacília e a dona Helena voltem a receber o carinho das famílias bem de pertinho.
“Sigo aqui na esperança de ter a vacina o mais rápido possível para curtir esses maravilhosos momentos de vida com ela”, conta a neta de dona Helena, a publicitária Andrea Tornovsky.