A solidariedade da população belo-horizontina vai resgatar o famoso Bar do Bigode. Com 37 anos de existência no bairro Prado, o boteco conseguiu ultrapassar a meta de R$ 50 mil sugerida em uma vaquinha realizada por amigos e clientes na internet.
“Recebi essa notícia com muita gratidão e alegria. Estou orgulhoso por isso, todo mundo que contribuiu”, comemorou o proprietário Omar Ferreira Cunha, mais conhecido como Bigode.
O ponto boêmio foi consumido por um incêndio na noite da última sexta-feira (2). A suspeita é que o rompimento de uma mangueira do botijão de gás tenha provocado a tragédia. Ninguém ficou ferido.
Mas o estrago foi grande. Bigode ainda não conseguiu fazer as contas do tamanho da perda. A estrutura do imóvel, alugado, possivelmente foi afetada. Mesas, cadeiras e demais peças de mobília foram engolidas pelas chamas. “Continuo triste. Enquanto o bar não voltar, a tristeza é grande”, lamentou o dono do boteco.
O incidente comoveu o segmento de bares e restaurantes, setor já bastante combalido durante a pandemia devido ao período em que os estabelecimentos tiveram que fechar as portas para evitar a disseminação da Covid-19. “Trabalhei somente quatro meses em 2020”, disse Bigode.
A quantia exata de R$52.240, no entanto, deve servir somente para um alívio inicial. Bigode estima que o valor necessário para reerguer completamente o boteco seja bem maior. “Talvez a gente tenha que fazer outra vaquinha”, calculou.
Com o sucesso da ajuda financeira, é possível que o bar seja reaberto daqui a três meses. Desta forma, Belo Horizonte, que recebeu o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco, pode voltar a saborear os petiscos disputados pela clientela, como pé de porco, rabada com batatas, língua de boi e carne de panela.