Pouco mais de um mês após ter suas operações suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a companhia aérea Voepass anunciou nesta segunda-feira (14/4) uma série de demissões que atingem tripulantes, funcionários aeroportuários e profissionais de apoio. O número exato de desligamentos não foi informado.
De acordo com o presidente da empresa, José Luiz Felício Filho, os cortes foram inevitáveis diante da suspensão imposta pela Anac em 11 de março, que afetou profundamente a capacidade financeira da companhia. A empresa operava voos comerciais em 16 destinos, principalmente ligando o interior do país a grandes centros urbanos.
A medida da Anac foi determinada em caráter cautelar até que a Voepass comprove a correção de irregularidades nos seus sistemas de gestão. A decisão veio após um processo de fiscalização iniciado depois do trágico acidente aéreo ocorrido em agosto de 2024, em Vinhedo (SP), que resultou na morte de 62 pessoas.
Felício afirmou que a companhia buscou todos os cenários possíveis para reduzir os impactos, mas que a reestruturação se tornou inevitável para garantir a continuidade da missão da empresa. Ele também agradeceu aos colaboradores pelo empenho e dedicação ao longo dos anos.
Em nota, a Voepass destacou que a suspensão das atividades gerou um impacto direto em seu caixa, que já vinha fragilizado. A empresa reiterou seu compromisso com a sustentabilidade a longo prazo e com a missão de conectar o interior do Brasil aos grandes centros urbanos.
Com informações do Metrópoles e Anac.