A não muito tempo atrás, o que compunha o acervo das histórias das famílias eram alguns poucos álbuns de fotografia, geralmente exclusivos dos momentos mais importantes; Algumas vezes retratos em pintura ou fotografia, daquela forma que eram feitos antigamente; E objetos pessoais que guardamos de lembrança após o falecimento de entes queridos. Também ficava a memória em nossos lóbulos pré-frontais e hipocampos. Memória essa que em um movimento dos primeiros para os segundos, com o tempo, ia se esvaindo e restando apenas os momentos mais marcantes para cada indivíduo.
Nestes momentos, os álbuns sempre serviram como reforço a nossa memória. Nos projetavam em uma viagem nostálgica pelos momentos antigos, nos lembravam de rostos e corpos e através disso de vozes, cheiros e sentimentos.
Estes álbuns eram guardados sempre com muito carinho e cuidado.
Existem muitas histórias de tragédias, naturais ou não, onde as pessoas deveriam fugir de suas casas o mais rápido possível para proteger as suas vidas e voltavam para buscar seus álbuns, porta-retratos e objetos. O valor que essas memórias tinham era tão grande que valeria a pena o risco para resgatá-las.
Hoje já não fazemos mais tantos álbuns, hoje imprimimos pouquíssimas fotos, hoje as fotos são guardadas muitas vezes apenas nas memórias dos nossos frágeis aparelhos celulares. Que quando, por sua fragilidade, estragam, levam embora consigo todos estes momentos. Momentos estes que nunca mais recuperaremos.
É fácil não perceber o que se perdeu em um momento desses, pensar apenas no prejuízo material causado pelo celular que fora estragado. Na necessidade da compra de um novo modelo.
Afinal de contas, as memórias que estão ali ainda são frescas e pensamos que nunca seremos capazes de esquecê-las.
Porém com o tempo, com todas as demandas de uma vida em sociedade, com tanta ansiedade presente na vida contemporânea, com a chuva de informações recebidas a todo tempo e de todas as direções, com todas as preocupações que permeiam a vida de todos nós principalmente no presente momento em que enfrentamos, além de uma pandemia a crise política/econômica/social que a acompanha, o que sobrará de nós e de nossa história?
Com tanto trauma, quem seremos nós após tudo isso se nos esquecermos das nossas raízes e de quem sempre fomos?
O que você faz para organizar, curar, selecionar e manter as fotografias e vídeos que faz hoje de sua família, das suas conquistas, de seus momentos e dos seus amigos?
Quando a hora chegar para você onde a memória já não for mais um instrumento confiável, em quê se apoiará para lembrar das pessoas que você ama, da sua história e de quem você foi até se tornar quem é hoje?
Ps. Este texto tem a intenção de trazer a você uma reflexão a respeito do tema discorrido. Se você quer ver aqui no Por Dentro de Tudo um guia sobre como cuidar do seu acervo de fotografias e vídeos com técnicas modernas, deixe um comentário na postagem, no instagram, ou nos envie uma mensagem e eu trarei este conteúdo para vocês.
Lucas Araújo
Fotógrafo profissional – Contato: (31) 99692-1294