Você já sentiu que seu trabalho virou motivo de angústia e humilhação constantes? Para muitos brasileiros, o que deveria ser um espaço de realização e crescimento se transforma em um ambiente hostil, marcado por gritos, ameaças, críticas exageradas e sabotagens. Situações como essas configuram assédio moral, uma prática abusiva e repetitiva que pode causar danos emocionais profundos e até levar à demissão da vítima.
O que é assédio moral?
Assédio moral no trabalho é quando alguém — geralmente em posição de poder — submete outra pessoa a situações constrangedoras, humilhantes e vexatórias de forma sistemática. O objetivo pode ser desestabilizar emocionalmente o trabalhador, forçá-lo a pedir demissão ou simplesmente exercer controle por meio do medo e da intimidação.
Como identificar?
As ações podem variar, mas geralmente incluem:
- Gritos e humilhações públicas;
- Isolamento intencional do funcionário;
- Atribuição de tarefas impossíveis ou desnecessárias;
- Críticas constantes e sem fundamento;
- Sabotagens ou boicotes dentro da equipe.
O que fazer?
Para enfrentar o assédio, a psicóloga e especialista em Saúde do Trabalho, Isabela Martins, orienta:
- Junte provas: registre mensagens, e-mails, áudios, vídeos e tente reunir testemunhas.
- Denuncie: fale com o setor de Recursos Humanos, o sindicato da categoria ou com o Ministério Público do Trabalho (MPT).
- Procure orientação jurídica: em casos mais graves, um advogado trabalhista pode te ajudar a mover uma ação judicial.
“Trabalho tem que ser um lugar digno, não um campo de guerra psicológico. Ninguém é obrigado a suportar humilhação para ganhar um salário”, afirma Isabela.
A omissão também agride
Se você presenciar um colega sendo vítima de assédio moral, não se cale. O silêncio fortalece o agressor. Solidariedade e denúncia são formas de romper esse ciclo abusivo.