Clientes de uma associação de proteção veicular com sede em Belo Horizonte denunciam negativas de cobertura após sinistros e até bloqueios em canais de atendimento. Um dos associados relatou que, mesmo com os pagamentos em dia, teve o veículo atingido em um acidente e, ao acionar a empresa, não obteve retorno. Segundo ele, foi necessário acionar a Polícia Militar para conseguir atendimento presencial na sede, onde registrou boletim de ocorrência. O conserto do carro foi orçado em cerca de R$ 50 mil, valor que, sem a cobertura, ficou totalmente a seu encargo.
A reportagem apurou que a associação é parte em mais de 100 processos no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), muitos relacionados a negativas de cobertura. Em um dos casos, ocorrido em 2016, uma cliente que sofreu acidente em outro estado teve o veículo rebocado, mas a entidade se recusou a realizar os reparos. A Justiça condenou a associação ao pagamento de indenização por danos materiais.
Outros associados também relataram que, após a negativa em casos semelhantes, a empresa deixou de enviar boletos e bloqueou os contatos dos clientes.
O que diz a empresa
Em nota, a associação informou que segue “os mais rigorosos padrões de qualidade” e afirmou que, nos casos em questão, não foram cumpridas normas internas necessárias para o atendimento. Questionada sobre quais regras não teriam sido observadas e sobre a quantidade de processos em andamento, a empresa não respondeu.
Orientação das autoridades
A Polícia Civil informou que a instauração de inquérito depende de representação formal das vítimas, que devem apresentar provas e documentos para subsidiar a investigação. Já órgãos de defesa do consumidor recomendam que clientes lesados registrem reclamações no Procon ou na plataforma Consumidor.gov.br, além de buscarem a Justiça para reparação de prejuízos.
📍 Fonte: Rádio Itatiaia
🖼️ Imagem: Reprodução / Itatiaia
