Ataque de cão: veterinária explica como agir e o que fazer para se proteger

Por Dentro De Tudo:

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Os ataques de cães a humanos e outros animais têm chamado atenção para a importância de cuidados no convívio social. Ao g1, a veterinária Juliana Morika Sonoda, de 46 anos, de Itapetininga (SP), explicou sobre o comportamento dos animais e medidas de segurança para garantir o bem-estar de pets e tutores.

Segundo a profissional, o mais importante é respeitar os sinais do animal. Forçar interações ou tocar em um pet desconhecido pode gerar desconforto e aumentar o risco de agressão.

A forma como o cachorro é criado influencia diretamente seu comportamento. Animais criados em ambientes positivos e socializados tendem a ser mais equilibrados. Já cães isolados ou sem convívio social podem desenvolver comportamentos indesejados e agressivos. A agressividade pode ter causas como medo, dor, estresse, territorialismo ou proteção excessiva do tutor. Sinais de desconforto incluem corpo rígido, rosnados, latidos, dentes à mostra, orelhas para trás, olhos fixos e rabo ereto.

Juliana reforça que cães de pequeno e grande porte podem atacar, mas o impacto varia conforme o tamanho. A agressividade não depende da raça, mas do tratamento recebido. Medidas de segurança incluem o uso de coleiras, focinheiras e adestramento, especialmente para cães grandes, desde filhotes, garantindo socialização adequada.

Em caso de ataque, a prioridade é proteger a vítima e afastar o animal com segurança. Uma técnica indicada é levantar as pernas traseiras do cão para fazê-lo perder equilíbrio e soltar a mordida. Após o ataque, o animal deve ser levado a uma clínica veterinária e o humano, a um serviço de saúde para higienização da ferida e cuidados médicos. O uso de toalhas ou cobertores ajuda a manusear animais feridos sem causar dor adicional.

A vacinação antirrábica é obrigatória e protege humanos e pets. A Prefeitura de Itapetininga alerta que, em ataques, deve-se observar o animal por dez dias para descartar risco de raiva e buscar atendimento médico imediato em casos graves, principalmente envolvendo crianças, idosos ou imunossuprimidos, ou quando o animal é silvestre.

Crédito das fotos: Arquivo pessoal/Juliana Sonoda

Fonte: g1 Itapetininga e Região

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