Minas Gerais deve registrar, neste mês, um “aumento vertiginoso e exponencial” de casos de Covid-19, causados principalmente pela ômicron, que é mais contagiosa. As aglomerações de Natal e réveillon também devem contribuir para o crescimento da incidência da doença nos próximos dias.
A informação foi dada pelo secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (6).
Até o momento, o estado tem 138 infecções confirmadas da ômicron – nenhuma evoluiu para óbito. A variante deve se tornar predominante em algumas semanas.
A expectativa da SES-MG é que a procura por unidades de pronto-atendimento e a ocupação de enfermarias aumentem, como já vem acontecendo, mas que a variante não gere grande impacto nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
“Estamos nessa expectativa, insistindo no uso de máscaras, nos cuidados pessoais, na vacinação, para que a gente consiga passar por esse pico sem muita internação (…) A ômicron, apesar de ser muito infectante, gera menor gravidade”, afirmou Baccheretti.
“Não existe previsão de retirada de máscara. Sem a máscara, a gente teria uma população inteira doente muito rapidamente”, falou.
De acordo com o secretário, a desobrigação do uso de máscara nem é discutida neste momento, por causa do avanço da ômicron, assim como a realização do Carnaval. Ele disse também que o estado não recomenda a promoção de aglomerações durante as datas da folia.
11 vezes mais chance de morte sem vacina
A chance de pessoas não vacinadas morrerem por Covid-19 é 11 vezes maior do que a de pessoas completamente imunizadas contra a doença, segundo um estudo realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) em dezembro.
“(No caso de) quem vacinou com pelo menos uma dose, a chance é duas vezes maior de evoluir a óbito. Quem não vacinou com nenhuma dose, a chance é 11 vezes maior. Quem insiste em desconfiar da vacina, está provado, não tem dúvida, tem que vacinar. Esse estudo foi feito pela secretaria para corroborar a vacinação como única saída para a pandemia”, falou Baccheretti.
Segundo o secretário, Minas Gerais tem vacinas sobrando, e nesta sexta-feira (7) o estado vai receber mais cerca de 500 mil doses da Pfizer.