Na manhã desta terça-feira (28), pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho ocuparam a linha férrea da MRS em Mário Campos (MG), em protesto por direitos que ainda não foram garantidos quase sete anos após a tragédia que deixou 272 mortos e devastou a bacia do rio Paraopeba.
Os manifestantes exigem a retomada imediata do auxílio emergencial pago pela mineradora, cuja suspensão deixou milhares de famílias sem renda, mesmo com a reparação ainda longe de ser concluída. Também cobram o respeito à escolha da assessoria técnica independente — feita pela própria população — e a permanência da entidade Aedas, responsável pelo acompanhamento das comunidades, cuja substituição vem sendo imposta por órgãos de Justiça.
Outra reivindicação é a criação de condições para que os conselheiros que representam as comunidades na gestão dos projetos de reparação recebam diárias, como forma de garantir participação efetiva.
Os atingidos afirmam que a Vale e as instituições de Justiça têm atrasado o processo de reparação e exigem respostas imediatas para garantir os direitos previstos em lei.
