As diretorias de Atlético e Cruzeiro têm procurado o Ministério Público (MP) de Minas Gerais para viabilizar a presença das duas torcidas nos estádios durante os clássicos, em um modelo de “meio a meio”. A medida tem sido defendida por Rubens Menin, acionista principal do Atlético, e Pedro Lourenço, proprietário da SAF do Cruzeiro, com a intenção de reviver a divisão de torcidas nos jogos entre os rivais.
A proposta visava a final do Campeonato Mineiro, mas com a eliminação do Cruzeiro pelo América, o clássico só deve ocorrer na 9ª rodada do Campeonato Brasileiro, em maio. Em 2024, um acordo entre os clubes e o MP determinou que as partidas no estado seriam realizadas com torcida única, uma medida que também se estenderia a competições da CBF e Conmebol, caso os clubes não conseguissem a permissão para a torcida dividida.
O promotor de Justiça Fernando Abreu, que faz parte do grupo responsável pelo enfrentamento de violência entre torcidas, se mostrou favorável à vontade dos clubes. Segundo ele, a decisão sobre o formato das partidas é dos clubes, e o MP e a Polícia Militar nunca se opuseram à presença das duas torcidas, desde que a segurança fosse garantida.
A Polícia Militar também declarou que sua atuação dependeria das definições da Federação Mineira de Futebol, assumindo a responsabilidade de manter a segurança. Contudo, as principais torcidas organizadas de ambos os times, Galoucura (Atlético) e Máfia Azul (Cruzeiro), estão banidas dos estádios devido a episódios de violência, com punições que se estendem até 2026 e 2028, respectivamente.
A busca por uma solução que permita a torcida dividida segue, mas depende da aprovação do Ministério Público e da garantia de segurança nas partidas.
Fonte: O Tempo – Foto: Ramon Bittencourt/FMF
