Aumento da violência contra mulheres em Minas Gerais acende alerta para sequelas psicológicas e sociais

Por Dentro De Tudo:

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Casos recentes de violência contra mulheres em Minas Gerais reforçam a necessidade de atenção às consequências psicológicas e sociais deixadas nas vítimas. Segundo pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma em cada cinco mulheres acima de 18 anos já vivenciou algum episódio de agressão nos últimos 12 meses.

Entre os impactos, além das dores físicas, estão transtornos emocionais como depressão, ansiedade e síndrome do pânico. A pesquisa aponta ainda que mulheres que convivem cronicamente com a violência apresentam maior risco de desenvolver cefaleia, dores abdominais e lombares, distúrbios do sono, fibromialgia e síndrome do intestino irritável. Há também uma relação com o uso abusivo de drogas e álcool.

Os dados reforçam a gravidade da violência doméstica no estado, cujo número de casos aumentou de 141.582 em 2022 para 153.599 em 2024. Já os feminicídios somaram 535 vítimas entre janeiro de 2022 e o início deste ano, além de 627 tentativas registradas.

A pesquisa também aponta que mulheres jovens, entre 18 e 24 anos, são as mais vulneráveis. Além das consequências psicológicas, elas enfrentam impactos na vida econômica e intelectual. Muitas têm dificuldades em continuar os estudos ou se manter no mercado de trabalho, ampliando o ciclo de vulnerabilidade.

Para especialistas, o apoio psicológico e social é essencial para minimizar os danos causados pela violência. A criação de espaços de acolhimento, como casas de abrigo e atendimento especializado, pode ser determinante na reconstrução da vida das vítimas.

Como pedir ajuda

Em Minas Gerais, mulheres vítimas de violência podem buscar ajuda pelos seguintes canais:

• Ligue 180 – Denúncias e orientação sobre violência contra a mulher

• Ligue 190 – Emergências policiais

• Ligue 192 – Atendimento médico urgente

• Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) – Atendimento presencial

• Plantão Lilás – Atendimento humanizado por videoconferência quando as delegacias especializadas estiverem fechadas

• Centro Especializado de Atendimento à Mulher Benvinda – Suporte psicológico e social

A violência contra mulheres continua sendo um desafio social grave, exigindo ações efetivas para prevenção, acolhimento e punição dos agressores.

Foto: Flávio Tavares/O TEMPO

Fonte: Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania de Belo Horizonte

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