Nos últimos anos, tem-se observado um aumento alarmante de casos de câncer em jovens adultos, sem histórico familiar claro para a doença. Embora o câncer seja tipicamente mais comum em pessoas mais velhas, devido ao envelhecimento celular e fatores ambientais, especialistas têm se preocupado com o crescimento dos diagnósticos precoces, especialmente entre aqueles com menos de 50 anos.
Estudos recentes indicam que entre 1990 e 2019, a incidência de câncer de início precoce aumentou 79%, com destaque para o câncer de mama e outros tipos como colorretal, nasofaríngeo e de estômago. Fatores como dieta pobre, consumo de álcool, tabagismo e obesidade estão sendo apontados como possíveis contribuintes, além de influências ambientais como luz artificial e exposição a substâncias prejudiciais.
Além disso, pesquisadores também investigam o impacto de fatores mais contemporâneos, como microplásticos e o aumento no uso de antibióticos. A crescente altura das gerações também é considerada uma variável que pode estar ligada ao aumento dos riscos de câncer.
Especialistas como Alexandre Jácome alertam para a importância de médicos prestarem atenção a sintomas de câncer em pacientes mais jovens, pois um diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de recuperação.
Luisa Toscano, uma mulher de 38 anos, diagnosticada com câncer de mama, compartilha que a experiência transformadora a ensinou a abraçar os dias difíceis e valorizou os momentos de força. Ela acredita que a luta contra o câncer não deve definir a pessoa, mas sim ser encarada como uma fase de aprendizado e resiliência.
Fonte: BBC
Foto: Arquivo Pessoal via BBC
