Desde a criação do Pix em outubro de 2020, Minas Gerais registrou um crescimento de quase 200% em golpes virtuais envolvendo estelionatos digitais. O sistema de pagamentos instantâneos, embora facilite a vida dos usuários, também tem sido explorado por criminosos, resultando em prejuízos bilionários no país.
Dados oficiais mostram que, entre 2019 e 2024, os casos de fraudes digitais saltaram de pouco mais de 8 mil para mais de 56 mil registros. Embora o número de fraudes por transação permaneça baixo proporcionalmente, o alto volume de operações faz com que milhões de golpes ocorram anualmente, com fraudes acontecendo a cada minuto.
Especialistas alertam que a rapidez e praticidade do Pix, aliadas à falta de cautela dos usuários, facilitam as fraudes. As vítimas costumam ser abordadas com ofertas falsas ou falsas situações emergenciais, que as levam a transferir valores para criminosos. A recuperação do dinheiro perdido é complicada, já que muitos golpistas transferem os recursos rapidamente, dificultando o rastreamento.
O Banco Central está desenvolvendo melhorias no sistema de devolução de valores, com previsão de lançamento para fevereiro de 2026, visando dificultar a atuação dos fraudadores. Enquanto isso, especialistas recomendam verificar sempre a identidade do destinatário antes de realizar qualquer transferência.
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Fonte: Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Banco Central, Febraban, Instituto DataSenado