Aumento de picadas de Escorpião-Amarelo: Entenda os riscos e cuidados necessários

Por Dentro De Tudo:

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Nos últimos anos, os acidentes com escorpiões têm aumentado, especialmente em áreas urbanas. De acordo com a bióloga Elisangela Ronconi Rodrigues, doutora em Biologia e coordenadora do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário FMU, esse aumento está relacionado à rápida urbanização e à adaptabilidade do escorpião-amarelo (Tityus serrulatus).

A especialista destaca que o escorpião-amarelo pode se reproduzir sem a presença do macho, o que contribui para sua proliferação. Ambientes urbanos com entulhos, esgoto e a presença de baratas, que são seu principal alimento, criam condições ideais para a sobrevivência desses animais. Como resultado, o risco de contato com humanos e, consequentemente, de acidentes, também aumenta.

Em relação às consequências das picadas de escorpião, a Profa. Dra. Elisangela aponta que a maioria delas resulta em dor intensa e localizada, inchaço, vermelhidão e sudorese. Embora esses sintomas sejam considerados leves, geram grande desconforto.

“Em casos mais graves, especialmente em crianças pequenas e idosos, o veneno pode provocar sintomas sistêmicos, como náusea, vômito, taquicardia, dificuldade para respirar e até alterações neurológicas”, explica a bióloga.

Ela ressalta a importância de buscar atendimento médico imediatamente após a picada, principalmente para grupos mais vulneráveis. Além disso, a bióloga enfatiza que os escorpiões desempenham um papel ecológico significativo, contribuindo para o controle de insetos. “O ideal não é exterminar, mas sim evitar o contato, mantendo o ambiente limpo e desfavorável a esses animais”, conclui.

**Fonte da reportagem:** Metrópoles
**Fonte da foto:** Divulgação/Ministério da Saúde, Divulgação/Léo Noronha/Fundação Ezequiel Dias (Funed), Getty Images

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