Outubro chegou, e com ele, a conscientização sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. O dia 29 é dedicado a alertar a população sobre essa grave condição. Para mim, esse tema é particularmente significativo, pois meu esposo é um sobrevivente, e nossa experiência me levou a criar o projeto de extensão @avcismosbeaga, que visa divulgar informações científicas confiáveis sobre o AVC.
A conscientização é crucial, e os números são alarmantes:
Globalmente, o AVC é a segunda maior causa de morte. A Organização Mundial do AVC alerta que um em cada quatro adultos com mais de 25 anos sofrerá um AVC ao longo da vida. Aproximadamente 100 milhões de pessoas já enfrentaram essa condição, e mais de 12 milhões terão seu primeiro AVC neste ano, resultando em cerca de 6,5 milhões de mortes.
No Brasil, o AVC continua a ser a principal causa de morte, junto com o infarto. Em 2024, o Portal de Transparência do Registro Civil registrou 84.878 mortes por AVC, e em 2023, quase 20 mil pessoas faleceram devido a sequelas da doença. Em Minas Gerais, em 2024, foram 28.621 internações e 3.430 óbitos, evidenciando o impacto local.
Embora outubro seja conhecido pelo Outubro Rosa, focado na conscientização sobre o câncer de mama, é importante ressaltar que o AVC e o infarto são responsáveis por mais mortes entre mulheres do que o câncer de mama. Muitas mulheres ainda acreditam que essas doenças são exclusivas dos homens, negligenciando os riscos cardiovasculares. A pressão alta, diabetes e estresse são fatores silenciosos que afetam a saúde feminina e devem ser priorizados na prevenção.
Desmistificando o AVC:
1. **Mito 1**: “AVC só acontece em idosos.”
O AVC pode afetar qualquer pessoa, com cerca de 18% dos casos ocorrendo em jovens de 18 a 45 anos.
2. **Mito 2**: “Se os sintomas sumirem rápido, não foi nada sério.”
Sintomas temporários podem indicar um AIT, um sinal de alerta para um AVC iminente.
3. **Mito 3**: “O AVC é doloroso.”
Raramente causa dor; os sinais mais comuns são fraqueza, alteração da fala e desvio facial.
4. **Mito 4**: “Posso tomar Aspirina para tratar AVC.”
Isso pode ser fatal. O tratamento deve ser feito sob orientação médica após exames.
5. **Mito 5**: “O AVC é um problema do coração.”
Na verdade, trata-se de um ataque cerebral, afetando diretamente o cérebro.
6. **Mito 6**: “O AVC não pode ser evitado.”
80% a 90% dos casos estão ligados a fatores de risco que podem ser controlados com mudanças no estilo de vida.
Neste Outubro, a melhor forma de agir é reconhecer imediatamente os sinais de AVC. Lembre-se da sigla SAMU: Sorriso, Abraço, Música/Mensagem e Urgência. Se notar qualquer sinal, ligue para 192.
Para mais informações, acesse nossa cartilha sobre o AVC em https://heyzine.com/flip-book/f248a2acbe.html e siga nosso Instagram @avcismosbeaga. O AVC não é apenas uma questão de vida ou morte; ele altera a rotina e a identidade de quem sobrevive. Cada minuto conta!
Fonte: BHAZ
Foto: (créditos da foto)
