quinta-feira, 28 de março de 2024

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Baixa umidade irrita pele e traz crises respiratórias, saiba o que fazer

Por Dentro De Tudo:

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Quando o tempo fica seco demais, o corpo sofre. Os efeitos da baixa umidade relativa do ar na saúde são bem conhecidos pelos médicos, e podem ser amenizados com algumas táticas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os índices de umidade entre 50% e 80% são os ideais. Abaixo de 30%, sinais de desconforto começam a surgir, e o sinal de alerta vem aos 12%. Nesse ponto, é recomendado suspender atividades em áreas livres, como aulas de educação física nas escolas, trabalhos manuais e práticas de exercício físico.

Desidratação corporal, nariz com sangramento, pele e olhos irritados são algumas das reações à baixa umidade. “Ocorre um ressecamento da pele e de todas as mucosas, principalmente do trato respiratório, nariz, boca, laringe e pulmão. Isso acaba provocando inflamações, como laringite, bronquite e dermatites atópicas”, explica André Rafael de Souza Rodrigues, médico do programa Saúde da Gente.

“Qualquer pessoa pode ter sintomas, mas quem já tem problemas como asmarinite e sinusite deve redobrar os cuidados”, afirma o otorrinolaringologista Alexandre Colombini, de São Paulo. Podem surgir complicações respiratórias, como intensificação das crises e agravamento das doenças pré-existentes. Junto à poluição das grandes cidades, a saúde fica ainda mais frágil.

Tanto que estudos apontam para uma maior incidência de eventos cardiovasculares, como infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), em dias muito secos. É que o corpo funciona sob estresse nesses extremos climáticos.

O que fazer?

A primeira atitude é tomar muita água durante o dia. “Crianças e idosos são os que se desidratam mais rápido, então precisam de atenção”, reforça Colombini.

“Importante também evitar exercícios físicos entre 10h e 16h, na hora do sol mais forte, e, para proteger a pele, é ideal evitar banhos quentes”, completa Rodrigues.

Somado a isso, dá para compensar a falta de líquidos nas vias aéreas, que funcionam pior sem lubrificação, ao lavar o nariz com soro fisiológico e tomar medidas para melhorar o ar dos ambientes internos.

“Ter um umidificador de ar é o melhor caminho, mas quem não puder ter o aparelho pode adotar a bacia com água no quarto ou estender uma toalha bem molhada na porta do cômodo”, explica Colombini.

Os umidificadores devem ser utilizados com cautela. Eles não devem ficar ligados o tempo todo por causa do gasto de energia e também porque podem provocar um efeito inverso: deixar o ambiente úmido demais.

“O excesso de umidade propicia a proliferação de ácaros e fungos, o que também prejudica a saúde respiratória”, afirma Colombini.

Há locais em que a umidade é muito alta e também é indicado ter um desumidificador de ar. Paredes com mofo e bolor são alguns dos sinais de atenção.

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