A conta de luz segue como um dos principais motivos de preocupação para os consumidores em Belo Horizonte e região metropolitana. Mesmo com a desaceleração da prévia da inflação (IPCA-15) em junho, a energia elétrica residencial continua sendo o item de maior impacto no bolso dos moradores.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento de 6,82% no valor da energia em junho causou o maior impacto individual na inflação, elevando o índice em 0,26 ponto percentual. E o cenário não deve melhorar tão cedo.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter, pelo segundo mês consecutivo, a bandeira vermelha no patamar 1. Com isso, desde esta terça-feira (1º), há uma cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos – o mesmo valor que já havia sido aplicado em junho.
Além da bandeira tarifária vermelha, também houve aumento na tarifa em maio, de 7,36%, autorizado pela Aneel, o que reforçou ainda mais o impacto da energia nas despesas mensais.
O motivo para a permanência da bandeira vermelha está na escassez de chuvas em diversas regiões do país. A redução no volume de água impacta diretamente a geração de energia por hidrelétricas, obrigando o uso de fontes mais caras, como as termelétricas.
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, tem como objetivo alertar o consumidor sobre os custos de geração de energia. As cores indicam o grau de dificuldade na produção: verde (sem acréscimo), amarela (R$ 1,88), vermelha patamar 1 (R$ 4,46) e vermelha patamar 2 (R$ 7,87 por 100 kWh).
Para enfrentar o aumento, especialistas recomendam mudanças simples no consumo diário: reduzir o tempo de banho, usar lâmpadas LED, evitar deixar aparelhos em standby e controlar o uso de equipamentos como ventiladores, ar-condicionado e airfryer.
Estudos indicam que essas práticas podem gerar uma economia média de R$ 68 mensais nas casas mineiras — valor que pode variar conforme os hábitos e os equipamentos de cada residência.
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Fonte: O Tempo
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