Bebês Reborn e Saúde Mental: até onde vai a linha entre fantasia e realidade?

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Bonecos hiper-realistas conhecidos como bebês reborn voltaram a gerar debate nas redes sociais após vídeos de “rotina” com eles viralizarem. Um dos casos que chamou atenção foi o da influenciadora mineira Yasmin Becker, que levou um boneco ao hospital simulando uma emergência. A cena levantou questionamentos sobre os limites entre brincadeira e possíveis riscos à saúde mental.

Especialistas explicam que, embora os bebês reborn possam ser usados como recurso terapêutico — especialmente em situações de luto, traumas ou no tratamento de pacientes com Alzheimer —, o apego excessivo pode representar um sinal de alerta. A psicóloga Carla Campos destaca que, quando esses bonecos substituem vínculos humanos reais, há o risco de reforçar o isolamento afetivo e até agravar distúrbios psíquicos, especialmente em pessoas com histórico de traumas.

“O imaginário pode ser um recurso poderoso para a cura emocional, mas, sem equilíbrio, pode se tornar um refúgio perigoso”, explica a profissional. Segundo ela, embora o cérebro responda a estímulos imaginários de forma semelhante aos reais, o vínculo com bonecos não substitui relações humanas profundas e significativas.

Foto: Fred Magno / O Tempo | Reportagem: Raíssa Pedrosa

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