Belo Horizonte enfrenta uma onda crescente de furtos. Entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 44.682 casos, o que representa uma média de quase 200 furtos por dia, segundo dados da Polícia Militar. Os crimes, geralmente sem violência, têm ocorrido em diferentes regiões da capital mineira e preocupam moradores e comerciantes.
No último domingo (28), dois imóveis foram invadidos em plena luz do dia na região da Pampulha. Câmeras de segurança flagraram dois homens entrando em uma casa na Rua Castelo de Alenquer, no bairro Castelo. Por volta de 12h30, um carro prata estacionou em frente ao imóvel, e um dos suspeitos observou o local antes de entrar. Minutos depois, o comparsa também invadiu a residência. Cerca de 20 minutos após o crime, um veículo branco saiu da garagem levando os pertences furtados.
Situações semelhantes têm se repetido em várias partes da cidade. No Barreiro, o motorista de aplicativo Everton Ferreira teve o carro arrombado enquanto trabalhava. Os criminosos levaram o estepe e ferramentas, além de causarem prejuízo ao veículo alugado.
“Meu prejuízo na locadora foi de R$ 2.333. Eu trabalho duro como motorista de aplicativo para sustentar minha família. Só não levaram o carro porque ele tinha rastreador”, relatou Everton.
Segundo a Polícia Militar, o furto, por não envolver violência direta, é um crime que muitas vezes acontece de forma silenciosa e rápida. No mês passado, moradores da Rua Novo das Indústrias, também no Barreiro, denunciaram uma sequência de arrombamentos de veículos e tentativas de furto. Alguns criminosos chegaram a se esconder em garagens para fugir da polícia.
A major Layla, da Polícia Militar, destacou a importância da participação popular no enfrentamento à criminalidade.
“O engajamento da sociedade com a Polícia Militar faz muita diferença. Com as redes de proteção, a população recebe dicas, é monitorada e também nos ajuda a monitorar residências e ruas. As informações repassadas à PM têm sido essenciais para que esses autores sejam presos. Já realizamos mais de 15 mil prisões no estado”, afirmou.
Criado em 2004, o projeto Redes de Proteção fortalece o vínculo entre comunidade e forças de segurança. Entre fevereiro e setembro deste ano, quase 900 suspeitos foram presos com o auxílio de câmeras e sistemas de reconhecimento facial, que ajudaram a identificar mais de 500 foragidos por crimes como tráfico de drogas, roubos e homicídios.
📸 Foto: Reprodução / Redes Sociais
📄 Fonte: g1 Minas