Cerca de 28 mil pessoas aguardam por cirurgias eletivas em Belo Horizonte, que é referência para mais de 500 cidades em Minas Gerais. Entre as especialidades mais afetadas estão otorrinolaringologia e ortopedia. A falta de especialistas, como anestesistas, é um dos principais desafios enfrentados pelos hospitais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
O ex-secretário de Saúde de Belo Horizonte sugere a descentralização dos serviços para aliviar a sobrecarga da capital. A Prefeitura de Belo Horizonte tem buscado atrair especialistas pagando valores acima da tabela do SUS, com a meta de realizar 40 mil cirurgias até o final de 2024. No entanto, a falta de médicos e a competição pelos blocos cirúrgicos continuam a ser um obstáculo.
Enquanto isso, o governo de Minas Gerais investiu R$ 120 milhões de janeiro a maio de 2024 para equipar hospitais e fortalecer a política Opera Mais. Um novo programa federal, “Mais Acesso a Especialistas”, promete melhorar a situação, garantindo que os pacientes tenham acesso a toda a linha de cuidados, desde a consulta até os exames.
A situação em Minas Gerais reflete um problema nacional, com o estado apresentando o pior índice de médicos por mil habitantes na região Sudeste. A falta de médicos é ainda mais crítica em áreas fora dos grandes centros urbanos, agravando o problema para aqueles que vivem no interior do estado. (Fonte: O Tempo, foto: Istock)