O mercado de apostas on-line no Brasil já figura entre os cinco maiores do mundo, com 27,5 milhões de apostadores e R$ 32,2 bilhões em faturamento em 2025. Até outubro, a arrecadação federal chegou a quase R$ 8 bilhões, impulsionando clubes de futebol, empregos e receitas públicas.
Apesar disso, as bets ilegais representam pelo menos 40% do mercado, o que preocupa governo e empresas regularizadas. O setor teme que o aumento da taxação, aprovado no fim de 2025 e que elevará gradualmente o imposto sobre o faturamento bruto (GGR) até 15% em 2028, reduza a competitividade das plataformas legais e favoreça os sites irregulares.
O governo, por meio do Ministério da Fazenda, defende a tributação maior como forma de compensar impactos sociais, como o vício em jogos. Para o ministro Fernando Haddad, atividades com “externalidades negativas” precisam contribuir mais, assim como ocorre com cigarro e bebida.
Enquanto isso, a Secretaria de Prêmios e Apostas intensificou ações contra o mercado ilegal: milhares de sites foram derrubados com apoio da Anatel, contas bancárias foram encerradas e influenciadores tiveram perfis removidos. Ainda assim, o próprio setor avalia que o combate às bets piratas precisa avançar para garantir arrecadação, investimentos e maior proteção aos apostadores.
Fonte da matéria: O Globo
Fonte da foto: Bruno Peres / Agência Brasil
