A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou nesta quarta-feira (9) que fez acordo com o Instituto Butantan, em São Paulo, e com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para garantir a imunização dos belo-horizontinos contra a Covid-19.
Ainda não há nenhuma vacina contra a Covid-19 aprovada no país. A permissão pode ser conseguida basicamente por dois caminhos. O primeiro está diretamente ligado aos dois tipos de registro (tradicional ou emergencial) que podem ser dados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já a segunda possibilidade é baseada na chamada “Lei Covid”, que libera o uso se o imunizante tiver aval expedido por uma agência do exterior, independentemente de registro pela Anvisa.
Segundo comunicado da Prefeitura de Belo Horizonte, o acordo firmado com o Instituto Butantan prevê o recebimento das doses assim que a vacina Coronavac, desenvolvida no Brasil pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o instituto, seja aprovada.
O G1 perguntou à prefeitura quando o acordo foi firmado, mas a informação não foi respondida. Segundo a administração municipal, “o prefeito [Alexandre Kalil] falou com o presidente [do Butantan] Dimas Covas e com o governador [de São Paulo, João] Dória”.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Já o acordo com a UFMG prevê que a universidade disponibilize três super-freezers para o armazenamento da vacina da Pfizer, caso ela venha a ser aprovada, já que ela precisa ser mantida em temperaturas extremamente baixas.
O presidente da Pfizer Brasil, Carlos Murillo, disse nesta terça-feira (8), em audiência pública na comissão externa da Câmara dos Deputados sobre a Covid-19, que deve ser assinado nesta semana o termo de intenção de compra pelo governo federal da vacina. Ele apontou a possibilidade de vacinação já em janeiro, mas não fez uma estimativa precisa de quantas doses seriam entregues até o próximo mês.
A prefeitura disse que ainda não há data para o início da vacinação em Belo Horizonte e vai seguir o Programa Nacional de Imunização, coordenado pelo Ministério da Saúde, independentemente de qual vacina seja aprovada.
O G1 entrou em contato com o Instituto Butantan e com a UFMG, para obter detalhes dos acordos informados pela prefeitura, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.