BH pode seguir modelo de São Paulo e acionar Conselho Tutelar para notificar pais que não vacinarem filhos contra Covid-19

Por Dentro De Tudo:

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A secretária de Educação de BH, Ângela Dalben, não descartou a possibilidade de recorrer ao Conselho Tutelar para notificar famílias com crianças ainda não vacinadas contra a Covid-19, em Belo Horizonte. Mas, inicialmente, ela destacou que pretende estimular e orientar os pais sobre a importância da imunização.

De acordo com a chefe da pasta, que participou de entrevista exclusiva no Itatiaia Agora, a intenção é informar os responsáveis legais. Porém, em caso de porcentagem baixa de vacinados entre 5 e 11 anos, irá analisar ações feitas em São Paulo como referência. No estado, os pais serão notificados pelo conselho para averiguar o motivo de a criança não ter sido imunizada.

“O direito a educação é um direito subjetivo. Eu não posso impedir uma criança não vacinada de vir a escola, eu posso pedir os pais que façam isso, dizer dos riscos que ela corre se ela não estiver vacinada e, posso sim, como vai fazer o governo de São Paulo, notificar o Conselho Tutelar pra que ele averigue as razões que estão acontecendo e até coloque a responsabilidade nos pais caso eles tenham informação e mesmo assim façam essa opção”, afirmou Dalben.

Mas, neste momento, a secretária explica que isso ainda nem está sendo cogitado. “Agora, essa informação nós vamos levantando e vamos verificar qual o nível de responsabilidade dessas famílias […] Quando você fala de cuidar, quando você fala de colaborar, estar atento, as pessoas estão reclamando também, talvez porque não estejam acostumados a isso, mas nós aqui em Belo Horizonte, toda a rede municipal, nós temos por hábito e temos por princípio, cuidar e educar. Então, a gente tá achando que tá dando certo”, destacou.

No entanto, São Paulo poderá servir como referência, caso necessário. “Se São Paulo der pra nós um exemplo interessante, eu acho que o comitê da Saúde e o prefeito podem analisar, a gente pode verificar também o comportamento das famílias e podemos até chegar numa decisão dessa, mas o importante é dizer o seguinte, o direito à educação ele é um direito de todos”, continuou.

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