A Black Friday em Belo Horizonte começou com movimento intenso no comércio, mas também com alertas de práticas que configuram a chamada “black fraude” — quando produtos aparecem como promocionais, mas mantêm os mesmos valores de semanas anteriores. A constatação foi feita pela Itatiaia em parceria com o site Mercado Mineiro, que monitora preços nos últimos dias.
Segundo Feliciano Abreu, diretor do Mercado Mineiro, a prática segue um padrão observado em anos anteriores. Ele explica que alguns estabelecimentos elevam preços antes da data e, na Black Friday, voltam ao valor original, vendendo-o como promoção. Entre os itens sem desconto real foram identificados celulares e robôs de limpeza, alguns condicionados a planos ou fidelizações.
Apesar das irregularidades, outros produtos apresentaram reduções significativas, como air fryers e bebidas destiladas, que registraram quedas expressivas de preço. A demanda menor por algumas bebidas após casos de contaminação por metanol também pode ter influenciado os valores mais baixos.
No Centro de BH, consumidores encontraram filas já nas primeiras horas da manhã. Muitos relatam que a pesquisa prévia tem sido essencial. Para alguns, como a doméstica Magda Lúcia Costa, a busca valeu a pena: ela encontrou uma televisão de 43 polegadas com preço alinhado às expectativas. Em outros casos, porém, houve frustração, como no relato de uma consumidora que buscou um produto anunciado por R$ 39, mas que não estava com o desconto prometido.
A Confederação Nacional do Comércio projeta que a Black Friday deste ano movimente cerca de R$ 5,4 bilhões no país, aumento de 2,4% em relação a 2024.
Créditos:
Reportagem original: Rômulo Ávila – Rádio Itatiaia
Foto: Clever Ribeiro / Itatiaia
















