Segundo a psicóloga Viviane Rogêdo, a tendência de bloquear pessoas nas redes sociais torna as relações mais superficiais e dificulta enfrentar problemas de relacionamento. O ato de bloquear é uma opção drástica que pode causar consequências emocionais tanto para quem bloqueia quanto para quem é bloqueado, gerando sentimentos de rejeição e abandono, que podem agravar quadros de depressão.
Danielle Rezende, de 42 anos, sentiu a autoestima afetada quando uma amiga a bloqueou após um desentendimento banal. Já Alexandre Lopes, de 36 anos, bloqueou parentes devido a divergências políticas, preferindo evitar desgastes.
Viviane alerta que o bloqueio é uma solução rápida, mas ineficaz, que evita a resolução dos problemas. Além disso, as pessoas manipulam as relações, tornando a comunicação superficial e afetando o autoconhecimento e a inteligência emocional. No entanto, em casos de abuso ou assédio, o bloqueio pode ser necessário para preservar a integridade física e mental.
A pressão social nas redes pode levar à perda de identidade, com bloqueios impactando negativamente a autoestima. As pessoas se tornam reféns das conexões virtuais, afetando sua percepção de si mesmas. Viviane aconselha o fortalecimento emocional para lidar com as frustrações advindas das redes sociais.