Boate Kiss: três condenados vão para o regime semiaberto após redução de pena

Por Dentro De Tudo:

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Três réus condenados pelo incêndio da Boate Kiss, que resultou na morte de 242 pessoas e deixou 636 feridos em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 2013, foram autorizados pela Justiça a cumprir pena em regime semiaberto. As decisões foram publicadas na sexta-feira, 5, pelo juiz Geraldo Anastácio Brandeburski Júnior e devem ser implementadas na próxima segunda-feira, 8.

Os beneficiados são Elissandro Callegaro Spohr, proprietário da boate, Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda que se apresentava no local, e Luciano Bonilha Leão, ajudante da banda na noite da tragédia. No dia 26 de agosto, as penas deles foram reduzidas pelo Judiciário gaúcho.

O pedido de progressão de regime do réu Mauro Londero Hoffmann, outro sócio da boate, ainda está sob análise do Ministério Público, conforme informações do tribunal do Estado. A autorização para o regime semiaberto se deu porque os condenados cumpriram mais do que um sexto da pena em regime fechado.

A tragédia da Boate Kiss ocorreu durante um show da banda Gurizada Fandangueira, em 27 de janeiro de 2013, resultando em 242 mortes e 636 feridos. Em dezembro de 2021, os quatro réus apontados como responsáveis pelo incêndio foram condenados pelo Tribunal do Júri em Porto Alegre. Embora o júri tenha sido anulado pela Justiça do Rio Grande do Sul, a decisão foi posteriormente mantida pelo Supremo Tribunal Federal.

No dia 26 de agosto de 2025, a Justiça do Rio Grande do Sul revisou as penas, levando em conta teses apresentadas pelos advogados sobre a proporcionalidade das condenações e a conformidade das decisões com as provas do processo. A pena original de Elissandro Spohr, que era de 22 anos e seis meses, foi recalculada para 12 anos. Marcelo de Jesus dos Santos, inicialmente condenado a 18 anos, teve sua pena reduzida para 11 anos. Luciano, que também enfrentava uma pena de 18 anos, viu sua condenação diminuída para 11 anos. O advogado Jean Severo expressou satisfação com a progressão de regime de Luciano, afirmando que ele é inocente e que agora poderá retomar sua vida.

As defesas dos outros réus ainda não se pronunciaram sobre as decisões.

Crédito da foto: InfoMoney. Fonte: InfoMoney.

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