O bocejo é um ato involuntário e contagioso. Basta uma pessoa abrir a boca para bocejar que as outras ao redor repetem em seguida.
Não se sabe exatamente por que as pessoas bocejam. No entanto, estudos científicos mostram uma relação com a regulação de temperatura corporal, sendo também uma resposta natural do corpo a determinados estímulos, como estresse, ansiedade, tédio, fadiga ou alto nível de esforço.
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Na maioria dos casos, ele é inofensivo — uma pessoa boceja em média de cinco a dez vezes ao longo do dia. As principais causas são sonolência, cansaço e fadiga.
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Bocejar demais pode indicar problema de saúde
Quando ocorre repetida e excessivamente, o bocejo pode indicar distúrbios da saúde, como:
Desidratação;
Falta de ar;
Enxaqueca;
Tensão muscular excessiva na mandíbula;
Níveis elevados de cortisol;
Distúrbios do sono (como insônia, apneia e narcolepsia);
Doenças cardíacas (síndrome vasovagal, infarto);
Doenças respiratórias;
Distúrbios da tireoide;
Alterações neurológicas (epilepsia, esclerose múltipla).
Segundo o médico Francisco Saracuza, especialista em medicina integrativa, é recomendável buscar orientação médica se o bocejo for particularmente intenso, acompanhado de outros sintomas preocupantes, como falta de ar, dor no peito, palpitações ou desmaios.
“Um profissional de saúde poderá avaliar os sintomas, investigar possíveis causas e fornecer um diagnóstico adequado”, orientou o médico em entrevista anterior ao Metrópoles.
Mais bocejos em dias frios
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, revelou que a frequência do bocejo varia com a estação e que as pessoas são mais propensas a bocejar durante o inverno, quando a temperatura do ambiente é mais baixa do que a corporal.
No artigo publicado na revista Frontiers in Evolutionary Neuroscience, o pesquisador Andrew Gallup mostrou que o bocejo pode servir como um método para regular a temperatura do cérebro com a entrada do ar frio pela boca.
Temperaturas mais quentes não fornecem alívio para cérebros superaquecidos que, segundo a teoria termorreguladora do bocejo, permanecem frios por meio de uma troca de calor com o ar aspirado durante um bocejo.
“De acordo com a hipótese de resfriamento cerebral, é a temperatura do ar ambiente que dá utilidade ao bocejo. Assim, o bocejo deve ser contraproducente em temperaturas ambientes iguais ou superiores à temperatura corporal, porque uma inalação profunda de ar não promoveria o resfriamento”, considerou Gallup em comunicado à imprensa.
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