Bolsonaro afirma que eleição sem ele é “negar a democracia” durante ato no Rio

Por Dentro De Tudo:

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O ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta uma possível acusação de tentativa de golpe e está inelegível até 2030, participou de um ato político no Rio de Janeiro neste domingo (16), onde declarou que uma eleição sem sua participação seria “negar a democracia” no Brasil. A manifestação aconteceu na praia de Copacabana, onde milhares de apoiadores o receberam com gritos de “Mito”.

Bolsonaro, que se dirigiu ao palco por volta das 10h15, fez um discurso menos agressivo do que o habitual. Durante o evento, seus aliados, como o senador Flávio Bolsonaro e o pastor evangélico Silas Malafaia, foram os responsáveis por atacar seus críticos. Flávio Bolsonaro chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “ladrão”, enquanto Malafaia qualificou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de “criminoso”. O magistrado é responsável pelo caso que pode resultar em um processo penal contra o ex-presidente.

Estimativas da Universidade de São Paulo (USP) indicam que cerca de 18 mil pessoas participaram da manifestação, número inferior ao “milhão” esperado por Bolsonaro. Em uma mobilização anterior, em abril de 2024, a mesma praia reuniu 32 mil pessoas, segundo os mesmos cálculos. Uma nova concentração está programada para 6 de abril em São Paulo.

Em relação aos seus problemas judiciais, Bolsonaro reiterou que se considera vítima de uma “perseguição” política, visando barrar sua candidatura nas eleições presidenciais de 2026. Ele afirmou que ainda se considera candidato, apesar de estar inelegível até 2030, e questionou por que deveria abrir mão de seu “capital político” para apoiar outro nome.

A Procuradoria Geral da República (PGR) rejeitou os argumentos de sua defesa sobre a competência do STF para julgar o caso. No dia 25 de março, o STF decidirá se há elementos suficientes para iniciar o julgamento de Bolsonaro e outras 33 pessoas envolvidas no caso, incluindo ex-ministros e comandantes militares.

Fonte: AFP

Crédito da foto: Pablo Porciuncula / AFP

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