O ex-presidente Jair Bolsonaro está proibido de se comunicar com 191 pessoas, inclusive por intermédio de terceiros, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida faz parte das restrições impostas ao ex-mandatário por suposta tentativa de atentado contra o Estado Democrático de Direito.
Além de pessoas físicas, Bolsonaro também está impedido de manter contato com qualquer autoridade estrangeira e representantes diplomáticos. A capital federal, por exemplo, abriga 132 embaixadas.
Entre os nomes vetados estão aliados e ex-integrantes do governo, como Eduardo Bolsonaro, Mauro Cid, Anderson Torres, Braga Netto, Augusto Heleno, entre outros investigados nas ações penais 2.668/DF, 2.693/DF, 2.694/DF, 2.695/DF, no inquérito 4.995/DF e na petição 12.100/DF.
As medidas cautelares foram determinadas em 18 de julho de 2025 e incluem ainda o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa entre 19h e 6h nos dias úteis e o tempo todo nos fins de semana e feriados. Bolsonaro também deve manter distância mínima de 200 metros de qualquer embaixada e está proibido de usar redes sociais — direta ou indiretamente.
Segundo o despacho de Moraes, a possibilidade de fuga foi um dos motivos para as restrições, embora o termo tenha sido citado apenas duas vezes ao longo das 45 páginas do documento. O ministro também autorizou o uso da força, se necessário, para o cumprimento das medidas, incluindo arrombamento de portas ou cofres e busca pessoal em suspeitos presentes no local.
📌 Fonte: Metrópoles
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