O ex-presidente Jair Bolsonaro permanecerá em Brasília enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento que pode torná-lo réu, junto com sete aliados, sob acusações de tentativa de golpe de Estado e outros crimes. A decisão da Corte começa a ser definida nesta terça-feira (25).
Segundo aliados, Bolsonaro pode acompanhar o julgamento na sede do PL, onde parlamentares e ex-ministros, como Gilson Machado e João Roma, devem se reunir. Outra possibilidade é que ele permaneça em casa, cercado por um grupo restrito de amigos. Há ainda um convite para que ele acompanhe a sessão na residência do deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição.
Os filhos mais velhos do ex-presidente não estarão ao seu lado. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) segue nos Estados Unidos, enquanto Flávio Bolsonaro (PL-RJ) presidirá uma audiência na Comissão de Segurança Pública do Senado.
Antes do julgamento, Bolsonaro participa de uma live em São Paulo ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Após o evento, ele retornará a Brasília, onde aliados esperam definir a melhor estratégia diante da decisão da Corte.
Julgamento no STF
A Primeira Turma do STF julgará se Bolsonaro e seus aliados responderão a uma ação penal pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.
A previsão é que a votação termine com um placar de 5 a 0 para a abertura da ação penal. Os ministros responsáveis pelo julgamento são Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Nos últimos dias, a defesa de Bolsonaro tentou, sem sucesso, retirar Dino e Zanin do caso, alegando suspeição.
Além de Bolsonaro, também são acusados os ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Almir Garnier (Marinha), Alexandre Ramagem (Abin) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens).
O desfecho do julgamento será crucial para definir o futuro político de Bolsonaro e seus aliados, podendo impactar diretamente seu papel nas eleições de 2026.
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Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Fonte: O Globo
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