Bombeiro ensina como agir em caso de risco de choque após acidente em BH

Por Dentro De Tudo:

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O acidente registrado na noite de domingo (7), na avenida Nossa Senhora do Carmo, em Belo Horizonte, que resultou na morte da estagiária de jornalismo Brunna Ribeiro de Castro Rosas, de 22 anos, acendeu o alerta para os riscos de choque elétrico quando veículos atingem postes e rompem fios de alta tensão.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, em situações como essa, a recomendação é clara: permanecer dentro do carro até a chegada das equipes de emergência, já que o interior do veículo costuma ser o local mais seguro.

No entanto, como no caso ocorrido em BH, o carro das vítimas pegou fogo após a batida, obrigando os ocupantes a deixar o veículo.

Técnica para sair do veículo com segurança

O porta-voz dos bombeiros, tenente Henrique Barcellos, explicou como agir nesses casos:

“Quando não há fogo, o indicado é ficar dentro do carro e acionar o 193. Mas, se o veículo começa a se incendiar, é preciso abandoná-lo com muito cuidado. A pessoa deve abrir a porta sem encostar na lataria, saltar com os dois pés juntos, mantê-los colados ao chão e caminhar arrastando-os, também juntos, até estar a pelo menos dez metros de distância. Não se pode dar passos normais, pois cada ponto do solo pode estar em uma tensão diferente, o que pode causar a passagem da corrente elétrica pelo corpo”, orientou o tenente.

Ele explicou que, quando há fios energizados ao redor do veículo, formam-se “camadas de tensão” no solo. Se a pessoa apoia os pés em áreas diferentes, pode sofrer descargas fatais.

Importância de isolar o local

Ainda conforme o tenente Barcellos, em situações de risco com fios de média e alta tensão, não se deve tentar socorrer as vítimas sem os equipamentos adequados. “Nestes casos, estamos falando de cargas elétricas muito superiores às de um choque doméstico. Só os bombeiros, com bastões isolantes e EPIs específicos, podem se aproximar com segurança”, completou.

O Corpo de Bombeiros reforça a orientação para que testemunhas acionem imediatamente a emergência e isolem o local, evitando que outras pessoas se aproximem e também sejam eletrocutadas.

Fonte do texto e da foto: O TEMPO / Corpo de Bombeiros de MG

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