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terça-feira, 1 de outubro de 2024

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Brasil aumenta em 63% a venda de armas e produtos de defesa para o exterior

Por Dentro De Tudo:

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As exportações brasileiras de produtos de defesa somaram US$ 1,1 bilhão nos primeiros 9 meses de 2023, 63% a mais do que o total exportado em 2022, quando o montante chegou a US$ 648 milhões. Os dados são do Ministério da Defesa. Os itens bélicos mais vendidos do Brasil para o exterior neste ano foram armas, munição, explosivos e aeronaves. 

No mês passado, a Embraer fechou a venda de mais 5 aviões KC-390 para a Áustria e outros 5 para a Holanda. Esta aeronave tem uso logístico e tático. Além de transportar equipamentos militares, ela também consegue abastecer outros aviões e helicópteros em pleno voo e ainda é usada para combate a incêndios florestais. O governo da Índia também avalia comprar 80 aviões KC-390 da Embraer e a República Checa negocia a aquisição de duas unidades.

A indústria nacional de defesa representa cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de empregos, diretos e indiretos. O Brasil é o maior exportador de produtos de defesa da América do Sul.

“Há algum tempo, o Brasil vem tentando se estabelecer como competidor no mercado internacional de armamento, com armas leves, aviões como caças e os veículos blindados guaranis. Apesar da campanha muito forte de desarmamento lá no início dos anos 2000, o país teve um aumento exponencial das vendas agora nos últimos quatro anos, tanto para fora quanto também para dentro do Brasil”, explica Andrea Resende, professora de Relações Institucionais do Uni-BH. 

De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), o Brasil também se transformou em um dos países emergentes no mundo na venda de armamentos leves nos últimos oito anos, principalmente com o aumento do comércio para os vizinhos da América do Sul. 

No entanto, o professor Eurico Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF), acredita que o Brasil ainda é um país com uma posição secundária no cenário internacional, em termos de indústria de defesa. “Nós tivemos certa relevância nas décadas de 1970 e 1980, vendendo para o Iraque equipamentos médicos e nossos blindados cascavel, que ainda estão em operação naquela região, mas de lá pra cá, perdemos muito esse tipo de investimento”, argumenta. 

Segundo ele, por uma visão política estratégica da questão pelo governo Lula, talvez haja uma reanimação do segmento. Em agosto, o presidente brasileiro anunciou investimentos de R$ 53 bilhões no eixo Defesa, um dos nove contemplados no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Fonte: O Tempo.

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