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Brasil chega a 100 milhões de totalmente vacinados contra a Covid-19

Por Dentro De Tudo:

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Com um Programa Nacional de Imunização que é referência internacional e uma tradição de vacinação já consolidada na população, o Brasil atingiu a marca de 100 milhões de pessoas totalmente vacinadas contra a covid-19 nesta quarta-feira, 13, o que representa 47,11% da população. O País também está próximo de bater a marca de 150 milhões de pessoas vacinadas com ao menos uma dose. São até o momento 149.950.990, ou 70,29% da população que iniciou o esquema vacinal contra a doença.

O início da vacinação foi lento no País, com cerca de 300 mil vacinas aplicadas por dia nos primeiros dois meses. A campanha ganhou força em junho e, desde então, são vacinados entre 1,5 milhão e dois milhões de brasileiros diariamente. Em setembro, o Brasil entrou em uma fase diferente da campanha de vacinação e passou a aplicar majoritariamente a segunda dose.

Hoje, o Brasil já supera a Alemanha e os Estados Unidos no número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose. Esses países têm uma disponibilidade muito maior de vacinas e iniciaram a campanha primeiro, em dezembro do ano passado.

O imunologista Gustavo Cabral, que lidera o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 e outras doenças na Universidade de São Paulo (USP), credita as altas taxas de vacinação à vontade do brasileiro de tomar a vacina e à existência de um Programa Nacional de Imunização forte e bem estruturado. A pressão exercida pela CPI da Pandemia e pela mídia são outros pontos citados pelo pesquisador para justificar o grande porcentual de vacinados em comparação a outros países.

“Nosso PNI é uma referência internacional e funciona independentemente de quem está no poder. Daria muito trabalho fazer as coisas darem errado. Nós somos feras em vacinação”, diz. Cabral fala que o País teria capacidade para vacinar até cinco milhões de pessoas por dia, mas faltou responsabilidade por parte do governo federal para fazer isso acontecer.

Os Estados Unidos, um dos primeiros países a oferecer o imunizante em larga escala a toda a população, enfrentam dificuldades para ampliar a taxa de vacinados. Apesar de a vacina estar disponível para toda a população acima de 12 anos, apenas 64,6% dos americanos aceitaram receber o imunizante.

O país não tem um programa de imunização estruturado como o Brasil, mas foi um dos que mais comprou vacinas e facilitou o acesso aos imunizantes instalando pontos de vacinação em redes de farmácias, supermercados e shopping centers. Nada disso foi capaz de superar o movimento anti-vacina. “Eles adaptaram uma estrutura que não é usual para eles, mas em alguns Estados mais conservadores a vacinação empacou. O problema é a falta de aceitação. No Brasil, por outro lado, mais de 95% da população quer se vacinar”, diz o imunologista.

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