O total de casos confirmados de varíola do macaco no Brasil chegou a cinco nesta quarta-feira (15), menos de uma semana após o primeiro diagnóstico positivo.
As duas notificações mais recentes ocorreram hoje, uma em São Paulo e a outra no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, o primeiro caso é de um homem de 41 anos que havia retornado recentemente de viagem a Portugal e Espanha, dois países que vivem um surto da doença.
Também esteve nos mesmos destinos um jovem de 26 anos morador de Vinhedo, no interior paulista, que foi o segundo caso no estado, em 11 de junho. O paciente permanece isolado em casa.
O Rio Grande do Sul informou também que um homem de 51 anos que esteve recentemente em Portugal teve resultado positivo para a doença.
No Rio de Janeiro, um cidadão brasileiro de 38 anos que mora em Londres chegou à capital no dia 11 de junho com sintomas de varíola do macaco e procurou atendimento médico no INI/Fiocruz (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas) no dia seguinte. O resultado positivo foi informado hoje.
O terceiro infectado em São Paulo é um homem de 31 anos, morador da capital, que também possui histórico de viagem recente à Europa. Ele está internado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, assim como o primeiro paciente.
Todos têm quadro de saúde bom, segundo as secretarias de saúde. O período de isolamento é de aproximadamente três semanas ou após a queda de todas as cascas de feridas na pele.
O fato de os cinco casos terem relação com viagens ao exterior indica que ainda não há transmissão comunitária da varíola do macaco no país (o vírus foi importado).
De toda forma, a Secretaria de Estado da Saúde informou que monitora todas as pessoas que tiveram contato próximo com os pacientes que estão com a doença.
A varíola do macaco avança em um ritmo “pouco usual e preocupante”, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), que já marcou para a próxima semana uma reunião de especialistas para decidir se o surto deve ser tratado como uma emergência sanitária de preocupação internacional.
Monitoramento em tempo real feito pela iniciativa Global.health, de pesquisadores de universidades como Harvard e Oxford, mostra que já se aproximam de 1.800 os casos positivos da doença, em quase 40 países.
Inglaterra, Espanha e Portugal respondem por mais da metade das infecções, mas os números também crescem em países como Alemanha, Holanda e Canadá.
Arte/R7