Brasileiros que sonham com a carreira militar têm visto no conflito entre Rússia e Ucrânia uma oportunidade para ganhar experiência e defender causas que consideram justas. No entanto, a realidade do combate é marcada por riscos extremos, traumas e desilusões.
Desde o início da guerra, o exército ucraniano tem recebido combatentes estrangeiros com facilidade. Segundo o Itamaraty, nove brasileiros já morreram e outros 17 estão desaparecidos. Um dos casos mais recentes envolve Gabriel Pereira, mineiro de 21 anos, que teria sido recrutado pelas redes sociais e morreu perto da fronteira com a Rússia. O corpo ainda não foi encontrado.
Dois ex-combatentes brasileiros relataram suas experiências ao portal g1. Wemerson Darlan, de 35 anos, natural de Belo Horizonte, atuou por um ano na Guarda Nacional Ucraniana. Já “DC”, de 22 anos, nome fictício, serviu por quatro meses nos batalhões de assalto.
Ambos viajaram por conta própria após se cadastrarem em sites oficiais do governo ucraniano. Chegaram à Polônia e seguiram até Kiev, onde assinaram contrato e receberam treinamento básico. Darlan permaneceu entre Kiev e Donbass, área de conflitos intensos. Já DC foi encaminhado a Izium, em uma base com pouca estrutura e sem preparo oficial dos ucranianos.
DC relatou episódios de maus-tratos por parte de comandantes e negligência médica, sendo obrigado a custear remédios após se machucar. Darlan, por sua vez, reconhece que a decisão foi movida por coragem e convicção, mas admite que a guerra é marcada por sofrimento.
Foto: Arquivo pessoal / g1
Fonte: g1.globo.com
#brasileirosnaguerradaucrania #guerraucraniarussia #combatentesbrasileiros #conflitointernacional #relatosdeguerra #experienciamilitar #reportagemg1