Brecha no WhatsApp permitiu espionar alvos com versões desatualizadas do app

Por Dentro De Tudo:

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Uma falha de segurança em versões antigas do WhatsApp para iPhone e Mac expôs cerca de 200 usuários a ataques de espionagem, segundo informações divulgadas pela própria plataforma. O problema estava relacionado ao processo de sincronização de mensagens entre dispositivos e foi corrigido no final de agosto.

Os usuários atingidos receberam alertas recomendando a restauração dos aparelhos e a atualização imediata do aplicativo. A vulnerabilidade permitia que terceiros processassem, nos dispositivos das vítimas, conteúdos de sites maliciosos. Em combinação com uma falha da Apple envolvendo arquivos de imagem, os ataques foram classificados como “zero-clique”, ou seja, não exigiam nenhuma ação do usuário, como clicar em links ou baixar arquivos.

Como funcionava o ataque

De acordo com especialistas da ISH Tecnologia, esse tipo de invasão é altamente sofisticado e explorava brechas em conjunto para instalar softwares espiões. Com isso, os criminosos poderiam ter acesso a recursos do celular, como câmera, microfone e histórico de chamadas.

O WhatsApp informou que as falhas já foram corrigidas, mas a vulnerabilidade afetou quem ainda utilizava versões anteriores a estas:

  • WhatsApp para iOS: antes da versão 25.21.73
  • WhatsApp Business para iOS: antes da versão 25.21.78
  • WhatsApp para Mac: antes da versão 25.21.78

Para verificar a versão instalada, o usuário deve acessar Ajustes > Ajuda dentro do próprio aplicativo.

Risco global

Embora o número de vítimas seja relativamente pequeno, a falha acendeu alerta porque ataques desse tipo podem comprometer dados sensíveis sem qualquer ação aparente da vítima. A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos já havia destacado que vulnerabilidades de softwares móveis representam ameaças crescentes à segurança.

A recomendação das empresas envolvidas é clara: manter sempre os aplicativos e sistemas atualizados, usar versões oficiais baixadas de lojas reconhecidas e estar atento a sinais de mau funcionamento nos dispositivos.

📷 Foto: Reuters/Thomas White

✍️ Texto: Victor Hugo Silva / g1

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