Bronquiolite: RMBH registra aumento de casos em bebês com menos de um ano; entenda a doença e saiba como prevenir

Por Dentro De Tudo:

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Nesta quarta-feira (22), uma bebê de um mês de vida, diagnosticada com bronquiolite, foi transferida para o Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, após três dias aguardando por uma vaga em um leito de UTI. 

A transferência aconteceu depois que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)foi acionado pela prefeitura da cidade de Ribeirão das Neves, na Grande BH, onde a criança estava internada. 

Em Sarzedo, também na Região Metropolitana de BH, outra bebê, de oito meses de idade, morreu em decorrência da doença. O caso aconteceu no dia 11 de março.

Registros de Casos

Em 2022, foram registrados em BH 364 casos de bronquiolite em crianças de 0 a 1 anos e dois óbitos. Já em 2023, foram registrados 127 casos na mesma faixa etária. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. 

No estado, 20 crianças morreram em 2022. Neste ano, até o momento, um óbito foi confirmado. Mas a Secretaria do Estado de Saúde informou que bronquiolite não é doença de notificação compulsória, ou seja, a sua comunicação não é obrigatória à autoridade de saúde. Portanto, não é possível o levantamento dos dados específicos sobre casos. 

Principal causa de morte

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a bronquiolite é a principal causa de internações de bebês previamente saudáveis com menos de um ano. 

Sociedade Brasileira de Pediatria reforça que os cuidados de distanciamento adotados na pandemia de Covid-19 são fundamentais na prevenção de casos de bronquiolite, principalmente nesta época do ano. 

O que é a bronquiolite?

É uma infecção respiratória causada por vírus. Geralmente, pelo “Vírus Sincicial Respiratorio”. 

“No Brasil, estamos no auge da sazonalidade, que é a época do ano com mais casos. Em muitas cidades, chega a gerar uma sobrecarga dos sistema de saúde com pronto-atendimentos lotados e maior número de internações”, disse o médico pneumologista pediátrico e professor da UFMG, Cássio da Cunha Ibiapina. 

Quais os principais sintomas?

Os sintomas principais são: tosse , aumento de secreção, sibilância – que é um som respiratório como um “miado” de gato – e esforço respiratório em alguns casos. 

“É importante ressaltar que não é necessário ter todos os sintomas ao mesmo tempo”, ressaltou o médico. 

Em qual idade a bronquiolite é mais grave? 

A bronquiolite viral aguda acomete com maior gravidade os bebês mais novos, especialmente os abaixo de seis meses e prematuros, podendo levar à morte. 

Quais são as medidas necessárias para evitar essa doença?

Segundo Ibiapina, existem casos de crianças prematuras que necessitam de uma medicação especial, a Palivizumabe, que previne formas graves da doença. 

“Em geral, devemos manter as medidas de higiene, como lavagem das mãos e uso do álcool, que aprendemos durante a pandemia. Outra medida que realmente pode ser decisiva é o uso de máscaras por pessoas durante o contato com os bebês. Principalmente, se o visitante estiver com sinais de gripe ou resfriado”, contou. 

Medicação

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, os medicamentos utilizados no tratamento da bronquiolite são ofertados pelo Sistema Único de Saúde. A prescrição depende do médico, que ao avaliar o quadro clínico do paciente, pode prescrever antibióticos, broncodilatadores e corticoides. 

Para ter acesso, o representante legal deve comparecer a uma unidade básica de saúde municipal portando prescrição médica e documento de identidade do paciente.

Fonte: Globo Minas.

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