Bruninho Samudio, filho do ex-goleiro Bruno Fernandes, conhecido por suas passagens pelo Atlético e Flamengo, compartilhou em um depoimento que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, incluindo TikTok e Instagram, que sente “pena” de seu pai, que foi acusado e condenado pela morte de Eliza Samudio.
Atualmente com 14 anos, Bruninho foi criado pela avó materna, Sônia Fátima Moura, e está seguindo os passos do pai ao atuar pelo time sub-15 do Botafogo. Ele foi convocado para a Seleção Brasileira da categoria pela terceira vez. Sua declaração ocorreu em um momento de repercussão sobre o caso do assassinato de sua mãe. Ele afirmou que não sente raiva do pai, mas sim compaixão, ressaltando que, apesar do sofrimento que passou, percebe que Bruno tinha um futuro promissor como atleta, que foi destruído por suas ações: “Ele tinha uma carreira muito incrível pela frente e destruiu tudo. Era um bom atleta, mas não era uma boa pessoa”.
As palavras de Bruninho foram elogiadas nas redes sociais por demonstrar sua educação e maturidade ao expressar pena, em vez de raiva. O jovem goleiro revelou que soube sobre o assassinato de sua mãe por meio da avó, que evitou discutir a paternidade por um longo período. Um dia, Bruninho questionou sobre seu pai, levando a avó a explicar a situação delicada. “Eu falava somente da mãe, nunca fazia referência ao pai. Ele devia ter 8 ou 9 anos, quando chegou pra mim e perguntou: ‘E o meu pai? Tem onde a gente ir?’. Aí eu falei pra ele: ‘Seu pai está preso’. Aí ele perguntou: ‘Foi preso por que? Ele roubou ou foi preso com droga?’. Eu falei, nem uma coisa nem outra. ‘Então ele matou alguém’, ele disse. Eu falei: ‘Matar não, mas foi responsável pela morte de uma pessoa’. Daí, ele vira para mim e fala: ‘Foi minha mãe?’. Eu falei: foi”, detalhou Sônia.
Bruninho confessou que não se sentiu comovido, já que não teve a oportunidade de conviver com seus pais. “Fiquei normal, porque para mim, tanto minha mãe quanto o meu pai de sangue eram pessoas desconhecidas para mim. Não conheci, nunca vi na minha vida. Para mim, não fez tanta diferença”. Eliza Samudio desapareceu em 2010, e seu corpo nunca foi encontrado; na época, ela tinha 25 anos e seu filho era recém-nascido.
Bruno Fernandes foi condenado em 2013 a 22 anos e três meses de prisão por homicídio, ocultação de cadáver e cárcere privado de Eliza Samudio, e desde 2019 está em regime semiaberto. Ele foi libertado em 2023 e, desde então, está em liberdade condicional. Em setembro de 2024, Bruno foi visto trabalhando como entregador de móveis em Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro.
Crédito da foto: Reprodução Botafogo.
Fonte: DeFato Online
