Minas Gerais ocupa o segundo lugar no ranking nacional de bullying nas escolas, de acordo com o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, com 2.158 colégios registrando ao menos um caso. Apenas São Paulo tem mais ocorrências, com 5.257 escolas afetadas. A situação é preocupante, já que cerca de 40% das instituições de ensino do Brasil enfrentam o problema.
O bullying, que inclui agressões físicas, verbais e cyberbullying, afeta milhares de crianças e adolescentes. Casos recentes, como o de uma menina de 8 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma escola municipal de Belo Horizonte, e de um menino de 9 anos agredido em um colégio particular, destacam a gravidade do problema. A psicóloga Jakeline Alencar Andrade, da Universidade Federal do Ceará, alerta que o bullying muitas vezes é tratado como “brincadeira de criança”, o que mascara sua violência e perpetua o ciclo de agressões.
Especialistas defendem que a prevenção ao bullying deve envolver a escola e a família, promovendo diálogos sobre as diferenças e a solução pacífica de conflitos. Além disso, a educação contra o bullying deve ser rigorosa, com “tolerância zero” a qualquer forma de agressão.
Fonte da matéria: O Tempo
Foto: Maria Symchych-Navrotska/iStockphoto