A saúde mental no ambiente de trabalho tem ganhado destaque diante do aumento de casos de burnout, a síndrome do esgotamento profissional. Segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), um em cada três brasileiros sofre com o problema, agravado pelas rotinas longas, pressões constantes e falta de apoio emocional.
Frequentemente confundido com cansaço ou estresse, o burnout é mais grave: trata-se de uma exaustão física, mental e emocional persistente, reconhecida desde 2022 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença ocupacional.
A psicóloga Silvia Cury, do Hospital do Coração (HCor), alerta que a sobrecarga pode desencadear quadros de ansiedade, depressão e outros transtornos psiquiátricos. Os sinais vão desde cansaço extremo, insônia e dores físicas, até distanciamento do trabalho, irritabilidade e queda no rendimento.
Apesar disso, muitos profissionais ignoram os sintomas por medo de parecerem fracos ou de sofrerem julgamentos. “É preciso pensar o burnout também como uma questão institucional, com ações que promovam ambientes de trabalho mais saudáveis”, destaca Raquel Ferreira, da Casa de Saúde São José.
Tratamento e prevenção
Buscar ajuda especializada é fundamental. O tratamento envolve acompanhamento psicológico e psiquiátrico, além de mudanças no estilo de vida. Terapia, pausas na rotina, autocuidado e ressignificação do papel do trabalho são estratégias recomendadas.
Quando ignorada, a síndrome pode evoluir para quadros mais severos e deixar sequelas emocionais duradouras.
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Foto: Yanka Romão/Metrópoles
Fonte: Metrópoles
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