Uma cachorrinha morreu após ser abandonada em um saco de lixo. O episódio de maus tratos foi registrado em Contagem, no sábado (14), cidade da região metropolitana de Belo Horizonte onde dois gatinhos foram encontrados também dentro de um saco por garis. O animal recebeu atendimentos veterinários de uma associação protetora, mas acabou não resistindo e veio a óbito no domingo (15).
A contadora Priscila Carvalho, de 40 anos, é a criadora do projeto Amor para recomeçar, que tem o objetivo de ajudar animais abandonados na capital mineira e região. Ela conta ter recebido uma mensagem no celular dando conta do abandono e das condições em que o animal estava.
“O rapaz nos explicou que estava em casa quando ouviu barulho de carro parando na rua e viu que uma senhora havia deixado um saco preto de lixo no canto. Quando ele desceu para ver do que se tratava, a pessoa acelerou e arrancou com o carro”, disse.
Uma vizinha foi chamada pelo homem para ajudá-lo, pois percebeu que algo se mexia no saco de lixo. “Quando abriram viram a cachorrinha já muito debilitada e com cheiro muito forte. Deram água e ração e passaram a pedir ajuda”. O animal estava muito debilitado: magreza, carrapatos, um olho com muito pus e secreções.
Os procedimentos necessários para garantir a vida da cachorrinha foram realizados por veterinários. “Infelizmente ela sofreu três paradas cardíacas, foi colocada no oxigênio, mas não resistiu”. Priscila atua no resgate de animais há quase três anos e comenta que esse foi um dos casos que mais a abalou.
Tristeza e revolta
“Lido constantemente com a dor dos animais, só que este caso me marcou muito pela frieza da pessoa em deixar o animal naquele estado”, desabafou. Uma foto do veículo da tutora que abandonou a cachorrinha foi entregue a polícia para ajudar na identificação da placa.
“Vamos buscar por justiça. O que eu puder fazer, eu vou”, promete. Um boletim de ocorrência será registrado nesta terça-feira (17) e Priscila faz um apelo para aqueles que abandonam animais. “Repense e tenha mais responsabilidade antes de abandonar. O animal é uma escolha do tutor e não são objetos, mas uma vida”, finaliza.
Fonte: O Tempo.