No dia 19 de março, a Polícia Federal realizou uma operação para combater um esquema de fraude bancária contra a Caixa Econômica Federal. De acordo com os investigadores, o golpe causou um rombo milionário, pois os criminosos conseguiram acessar mais de R$ 10 milhões, quantia que fazia parte dos cofres públicos. Para descobrir quem são os autores do crime, foram feitas buscas e apreensão em Belo Horizonte (MG) e em Salvador (BA). Ao todo, 21 pessoas são investigadas por suspeita de participação em uma organização criminosa.
A PF descobriu que, para aplicar os golpes, o grupo se apropriou indevidamente das credenciais de gerentes da Caixa para acessar sistemas eletrônicos da instituição. De forma ilegal, eles conseguiam cancelar a averbação de empréstimos consignados contratados por servidores públicos. Mas, a fraude não era somente nesse processo, pois os criminosos também entravam em contato com vítimas, através de uma estratégia de “portabilidade”, para fornecer planos de quitação de empréstimos antigos e liberação de valores adicionais, para conseguir acessar o dinheiro.
Entenda melhor como funciona o novo golpe contra a Caixa
Quando a vítima aceitava a proposta e fazia novos empréstimos, os contratos eram falsamente registrados como quitados, permitindo que tivesse uma concessão de margens para mais financiamentos. Por causa desse movimento, os servidores acabavam acumulando duas dívidas simultâneas, comprometendo ainda mais a própria saúde financeira.
De acordo com que foi divulgado pelo instituto, mais de 200 servidores públicos estaduais e municipais foram vítimas da fraude, enganados quanto à quitação de seus empréstimos e transferindo altas quantias de dinheiro para os criminosos, sendo vítimas do crime de estelionato.
Também houve invasão nos dispositivos informáticos e estelionato contra a própria Caixa Econômica Federal, quando os criminosos usaram credenciais dos gerentes para inserir informações falsas no sistema e realizar a desaverbação ilegal de centenas de contratos.
Fonte: Diário do Comércio.